O Rio
Rio de belíssimas histórias
Suas lendas guardadas nas memórias
Que passaram por muitas gerações
Em ti se ocultam as patas dos jaguares
A beleza das matas ciliares
Extintas em muitas regiões
Foste caminho para os colonizadores
Muitos deles cruéis desbravadores
Com os nativos fizeram muitas guerras
Em teu nome houve tantas lutas
Extermínio dos índios nas disputas
Pela posse de tuas boas terras
Desbravaram os teus terrenos vastos
Para o gado, sendo os melhores pastos
Nos aluviões por toda redondeza
Sabendo que em época de estio
Havia nas águas fartas deste rio
Fonte inesgotável de riqueza
Havia grande fartura de água doce
No subsolo onde quer que fosse
Nas cacimbas, por eles construidas
Quando a seca assolava o sertão
Este rio era a única solução
Que podia salvar milhões de vidas
Sempre limpo de areias alvejantes
Enfeitado com o verde das vazantes
Era lindo meu rio de antigamente
Hoje choro lembrando teu passado
No momento que vejo transformado
Num depósito de lixo no presente
Como é triste se ver o abandono
Deste rio que há anos era dono
De uma esplendida beleza natural
A água que foi limpa está suja
Ontem era doce, hoje amaruja
Só DEUS pode voltá-Ia ao seu normal
Cadê suas águas alvejantes
Os colares de espumas flutuantes
Que enfeitava meu rio, tua enchente
Os remansos da tua correnteza
Sucumbiu com toda essa beleza
No desprezo que vejo no presente
Ah! Quem me dera ver meu rio despoluído
Havendo um povo esclarecido
Preservando os valores naturais
Mas do jeito que vão as agressões
Restará às futuras gerações
A história do rio e nada mais.
Limoeiro do Norte - Ce, 25 de janeiro de 2009.
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