Jaguaribe tuas águas enxurradas
que deságuas malogradas
não te minguam
Jaguaribe que transporda
feito mágoas de menina
que estravasa numa lagrima
sua ira e em vão termina
se entregando por inteira
corpo e alma boca e língua
Jaguaribe de espavento tão sedento
ao relento seu lamento tange o vento
sertão - mar com as águas deste rio
vão sonhos neste fio água-sonho a desaguar
Jaguaribe do jaguar extinto uivar
solto no ar a suspirar os tempos idos
tempos d’outrora contos de agora
não mais vividos
Jaguaribe tempo fartura
nuvem escura água candura
límpida e pura
na terra dura volta a chover
a chuva afaga o ressequido sertão sofrido
de não se ter
Jaguaribe secas pungentes
sofrer das gentes
e sóis ardentes
Jaguaribe mar de enchentes
desde as nascentes
vem confluentes nos assolar
oásis que medra
surgindo da pedra
sertão – Ceará
Jaguaribe eu te canto
sem um pranto
no entanto me espanto ao te cantar
Jaguaribe do recanto
me orgulho e me encanto
só de ver-te transbordar
SEJA BEM VINDOS
Um Rio é como um espelho que reflete os valores e comportamentos da nossa sociedade. Você já olhou para o rio da sua cidade hoje?
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